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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O Intercessor: um chamado ao ministério da oração - Parte 3 - Sacerdócio no AT, NT e de Cristo

O SACERDÓCIO NO ANTIGO TESTAMENTO

Antes de considerar os vários aspectos bíblicos do sacerdote, é necessário mostrar quais são as características essenciais do sacerdócio. A mais exata definição de sacerdote acha-se em Hb 5.1. O sacerdote era ”constituído nas coisas concernentes a Deus a favor dos homens”. Isto quer dizer que ele apresentava ao Senhor coisas, dons e sacrifícios, ofertas do homem a Deus; e o seu trabalho era realmente oposto ao do profeta, que devia revelar Deus ao homem. Nesta consideração, a idéia fundamental de sacerdote é a de um mediador entre o homem e Deus.

Quando o sacerdote efetuava qualquer outro trabalho, já não era como sacerdote que exercia essa missão, mas somente como executante das funções de outros homens. Este ato do sacerdote, na sua obra para Deus, é sempre acentuado nas Sagradas Escrituras (Ex 28.1; Ez 44.16; Hb 7.25). Nos tempos patriarcais, o chefe da família, ou da tribo, operava como sacerdote, representando a sua família diante de Deus. Foram assim considerados Noé, Abraão, Isaque e Jacó. 

Na época do Êxodo havia israelitas que possuíam este direito de sacerdócio, e o exerciam; mas tornou-se necessário designar uma ordem especial para desempenhar os deveres sacerdotais, sendo a tribo de Levi a escolhida para esse fim. Desta tribo saíram os sacerdotes arônicos, que eram os mediadores entre o homem e Deus. Os filhos de Arão eram sacerdotes, a não ser que tivessem sido excluídos por qualquer incapacidade legal. Esta disposição continuou no reino do Sul por todas sua história. E o fato de ter Jeroboão instituído o seu próprio sacerdócio mostra a essencial necessidade de uma mediação. Desta maneira o sacerdócio atestava a vida pecadora do homem, a santidade de Deus, e por conseqüência a necessidade de certas condições, para que o pecador pudesse aproximar-se da Divindade. 

O homem devia ir a Deus por meio de um sacrifício, e estar perto de Deus pela intercessão. Quando Esdras voltou do cativeiro, reconstituiu as determinações levíticas, assim continuando tudo na sua substância até à destruição de Jerusalém, no ano 70(a. C.). 

O SACERDÓCIO NO NOVO TESTAMENTO

Dentre os princípios fundamentais defendidos pelos reformadores do século XVI está o "sacerdócio universal dos crentes" ou "sacerdócio de todos os crentes."

Embora o Velho Testamento apresente claramente a noção de um ofício sacerdotal exercido por elementos da tribo de Levi em benefício do povo de Israel, existem passagens que antecipam um entendimento mais amplo dessa função. Êxodo 19.5-6: "Se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade particular dentre todos os povos... vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa." Outro texto relevante é Isaías 61.6: "Vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus."

No Novo Testamento, o conceito de sacerdócio tem dois aspectos: 1 -  Jesus Cristo é o grande sumo sacerdote: todas as funções do sacerdócio da antiga dispensação concentram-se nele, e são por ele transformadas. Ele é o único mediador entre Deus e os seres humanos (1 Tm 2.5). Ele é o representante de Deus junto aos homens e o representante dos homens junto a Deus. Ele é, ao mesmo tempo, o sacerdote e o sacrifício. Hebreus expõe claramente a superioridade do sacerdócio de Cristo sobre o sacerdócio levítico e apresenta o caráter definitivo e totalmente eficaz do seu auto-sacrifício sobre a cruz (Hb 2.17; 3.1; 4.14s; 5.10; 6.20; 7:24-27; 9:12,26; 10.12). O apóstolo João fala do sacerdócio de Cristo, como em Jo 1.29; 2 -  Todos os crentes partilham desse sacerdócio: isso se expressa principalmente nas áreas da adoração, serviço e testemunho. 1 Pe 2.5: "Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo." 1 P 2.9: "Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz." O Apocalipse destaca o aspecto governamental desse sacerdócio: 1.5-6: "Àquele que nos ama, e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai..."; 5.9-10: "Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação, e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes."

Dessa verdade bíblica, decorrem algumas implicações práticas: 1 -  O princípio do sacerdócio universal dos crentes nos fala do grande privilégio que temos como filhos de Deus: cada cristão é um sacerdote, cada cristão tem livre e direto acesso à presença de Deus, tendo como único mediador o Senhor Jesus Cristo; 2 - Todavia, esse princípio jamais deve ser entendido de maneira individualista. A ênfase dos reformadores está no seu sentido comunitário. Somos sacerdotes uns dos outros, devendo orar, interceder e ministrar uns aos outros. À luz do Novo Testamento, todo cristão é um ministro de Deus, o que ressalta as idéias de serviço e solidariedade. 3 - Todavia, a Escritura claramente fala de diferentes dons e ministérios. Alguns cristãos são especificamente chamados, treinados e comissionados para o ministério especial de pregação da Palavra e ministração de diversos outros serviços; 4 -  Os leigos, no sentido daqueles que não são "ministros da Palavra," também têm importantes esferas de atuação à luz do Novo Testamento. Os líderes da igreja devem falar sobre o ministério do povo de Deus, bem como instruir e incentivar os crentes a desempenharem o seu ministério pessoal e comunitário. A placa de uma igreja nos Estados Unidos dizia o seguinte: "Pastor: Rev. tal; Ministros: todos os membros." 5 -  O sacerdócio universal dos crentes corre o risco de tornar-se mera teoria em muitas igrejas evangélicas. Sempre que os pastores exercem suas funções com excesso de autoridade (1 Pe 5.1-3), insistindo na distância que os separa da comunidade, relutando em descer do pedestal em que se encontram, concentrando todas as atividades de liderança e não sabendo delegar responsabilidades às suas ovelhas, tornando as suas igrejas excessivamente dependente de sua orientação e liderança, não dando oportunidades para que as pessoas exerçam os dons e aptidões que o Senhor lhes tem concedido, há um retorno ao sacerdotalismo medieval contra o qual Lutero e os demais reformadores se insurgiram.

O SACERDÓCIO DE CRISTO

Vale lembrar que o sacerdócio universal é uma extensão do próprio sacerdócio de Cristo. Assim como o Sacerdócio levítico era falível, nosso sacerdócio também é. Apenas Cristo pode e deve ser considerado Sacerdote Perfeito. Sobre seu sacerdócio podemos consultar a Escritura e ver alguns pontos fundamentais, como: 1 -  Cristo como Sacerdote foi designado e escolhido por Deus Hb 5:5; 2 - Ele foi consagrado com um juramento Hb 7:20-22; 3 - Ele não tem pecado Hb 7:26; 4 - O Seu sacerdócio é inalterável Hb 7:23-24; 5 - O Seu oferecimento é perfeito e definitivo; Hb 9:25-28; 6 - Ele Intercede continuamente Hb 7:24-25; 7 - Ele é o único Mediador I Tm 2:5.

A INTERCESSÃO DE CRISTO E DO ESPÍRITO SANTO: Jesus, no seu ministério terreno, orava pelos perdidos, os quais Ele viera buscar e salvar (Lc 19.10). Chorou, quebrantado, por causa da indiferença da cidade de Jerusalém (Lc 19.41). Orava pelos seus discípulos, tanto individualmente (ver Lc 22.32) como pelo grupo todo (Jo 17.6-26). Orou até por seus inimigos, quando pendurado na cruz (Lc 23.34).

Um aspecto permanente do ministério atual de Cristo é o de interceder pelos crentes diante do trono de Deus (Rm 8.34; Hb 7.25; 9.24; ver 7.25 nota); João refere-se a Jesus como "um Advogado para com o Pai" (ver 1Jo 2.1 nota). A intercessão de Cristo é essencial à nossa salvação (cf. Is 53.12). Sem a sua graça, misericórdia e ajuda, que recebemos mediante a sua intercessão, nós nos desviaríamos de Deus e voltaríamos à escravidão do pecado.

O Espírito Santo também está empenhado na intercessão. Paulo declara: "não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis" (Rm 8.26 nota). O Espírito Santo, através do espírito do crente, intercede "segundo Deus" (Rm 8.27). Portanto, Cristo intercede pelo crente, no céu, e o Espírito intercede dentro do crente, na terra. 

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